Na última quarta-feira (3), o número de novas mortes por Covid-19 no Brasil superou o dos Estados Unidos, quando considerada a proporção de habitantes de cada país.
Com 1.840 novas mortes (recorde até o momento), o Brasil teve, na quarta, uma média móvel de 6,3 novos registros de óbitos para cada um milhão de pessoas.
Nos EUA, foram 1924 novas mortes, o que representa 5,8 mortes por milhão, também considerando a média móvel.
Embora a diferença entre os valores seja pequena, nos EUA os óbitos estão em queda, e a tendência é que a distância entre a métrica brasileira e a americana seja ampliada nos próximos dias.
Esta não foi a primeira vez em que o Brasil passou à frente dos EUA em número relativo de mortes. De maio a outubro, quando o Brasil atravessou sua fase mais aguda da pandemia em 2020, os registros diários brasileiros também superaram os americanos.
No fim do ano, porém, os EUA viram uma escalada de contaminações, enquanto no Brasil houve queda de casos. A partir de meados de fevereiro, o número de óbitos entre os americanos começou a cair de forma consistente, ao passo que por aqui a tendência já era de alta acelerada.
Em primeiro lugar aparece a República Tcheca (15,5), seguida pelo Peru (7) e pelo México (6). Logo abaixo do Brasil aparecem Polônia (5,9) e EUA.
O Brasil vive atualmente a maior crise de saúde de toda a pandemia.
Nesta semana, segundo balanço feito pela Folha, dez capitais têm UTIs com ocupação superior a 90%.
Apenas nos dois primeiros meses deste ano, o Brasil perdeu quase 65 mil pessoas para a Covid-19. Há 42 dias, há mais de mil registros diários, em média.
Proporcionalmente à população, contudo, o Brasil está em 24º lugar no ranking de óbitos, com 1.220 por milhão.
O primeiro do ranking é San Marino, com 2.180 óbitos por milhão, seguido da República Tcheca (1.933) e da Bélgica (1.910).